27 janeiro 2013

2º Capítulo - Do You Love Me? - Memórias de alguém


Respirei bem fundo e entrei em minha casa a procura de água, coloquei a cartinha em cima da mesa e abri a geladeira, Lola que estava na varanda atrás da casa cuidando do jardim entrou em casa e percebeu meu desespero perguntando:
-O que houve? Por que você tá assim?
Logo, apontei para o papel, ela chegou perto pegando-o.
-Que isso? -Perguntou já sabendo a resposta.
-Uma INTIMAÇÃO, fui processada. -Expressava o ódio em cada palavra que saía de minha boca.
-O que? Quem fez isso? 































-Jura que você não sabe? Aquele canalha que tentou te agarrar ontem, acho que ficou super constrangido com o que falei. Ai que droga, por que eu tinha que berrar daquele jeito? Foi tão repentino, eu estava tão exausta que acabei descontando em qualquer problema que apareceu, eu poderia ter...
-Nana...-Lola interrompeu-me.
-Simplesmente chamado ele para um lugar...
-Nanaaa...-Interrompeu novamente.
-Escondido das pessoas, aí não teriam nem testemun-NANA!































Me toquei que Lola berrava para tentar falar comigo.
-Oi? O que?
-É que...Bem, não sei direito como dizer...-Colocou a mão na cabeça coçando-a.
-O que?
-Eu sei que deveria ter dito ontem isso, mas você não me deu chance de tanto tagarelar...E depois você ainda dormiu igual a uma pedra, no momento em que fui conversar já tinha dormido.
Já percebendo que deveria ser algo importante, perguntei num tom desconfiado.
-E o que é?
-Olha, não fica brava, tá? Eu tentei te parar ontem quando você estava gritando com aquele homem, mas fiquei com medo, por que o verdadeiro cara estava ao lado dele. Pronto, falei. Desculpa mesmo.































Pra falar a verdade não entendi nada do que Lola havia falado da primeira vez, só quando repeti as palavras em minha mente é que fui sacar melhor, e então tudo a minha volta girou.
-Então significa que eu errei de pessoa? E aquele não era o tarado? Eu o xinguei e fiz ele passar vergonha na frente de um bando de repórteres e fotógrafos? É isso? 
-Bem, não é só isso, você ainda acabou saindo na capa da revista da cidade de hoje, e no jornal, e também acabou passando em alguns programas da TV, mas é só isso, desculpa amiga. 
Ah é, por que era pouca coisa, já era minha vida privada, agora seria fofocas pra lá e para cá da barraqueira que gritou com o cara no hotel, e os meus negócios? E meus clientes? Ficaria com a imagem manchada para sempre?
-Eu não aguento, preciso fazer algo, ai meu santo, que foi que eu fui fazer? 
-Mas fazer o que?
-Não sei, pedir desculpas talvez, não, isso não vai ajudar.
-Mas pode tentar.
-Preciso explicar a situação pra esse cara e fazê-lo tirar esse processo contra mim, parada eu não posso ficar.































Enquanto isso no Hotel Tropicale...
































Chace folheava a revista até chegar em uma página desejada.
-Aqui. -Começou a ler.- O famoso modelo Chace Louis, agora presidente da rede de hotel Tropicale, passou por um furo e tanto na mídia. Na inauguração da sala de exposição e do palco principal, uma mulher chamada Nana Maundrell aprontou o maior barraco enquanto acontecia a festa e só quando ele ameaçou de chamar os seguranças que ela acabou saindo por vontade própria. Há boatos de que ambos estavam em um relacionamento amoroso, por isso Chace haveria se mudado para a pequena cidade turística de Sun Flower e teria ficado tanto tempo sem aparecer nas mídias. Ha ha ha. -Riu. - E ainda tiveram coragem de colocar minha foto ao lado dessa mulher.































-Pense por um lado bom, agora temos certeza que virão muitos fotógrafos e o hotel ficará mais do que super conhecido. -Disse Ian, seu secretário, procurando acalmar seu chefe.
-Ora, disso eu já tinha certeza, era a minha volta triunfante, por que acha que fiquei tanto tempo fora da mídia? -Falou em um tom um tanto grosseiro. -E aí chega essa mulher e estraga tudo. Tudo! Todos os meus planos. Com certeza é mais uma daquelas aproveitadoras que querem ficar famosinhas a custa dos outros. Já vi isto acontecer com outros, mas nem passava pela minha cabeça que pudesse ser uma vítima, droga. Dessa vez ela foi mais esperta.































-Então o senhor espera reencontrá-la? -Sorriu.
-Mas é claro, depois da intimação falsa que enviei ela vai ficar morrendo de medo, só então irei chantageá-la. Ela me devolverá minha vida e eu devolverei a dela com pequenas condições.
-Creeeeedo! Parece até aqueles filmes de terrorista! Não sabia que você tinha uma personalidade tão vingativa, eu hein. -Olhou para Chace estranhando-o. 































-Ela me usou, agora é minha vez. 































Saí com o carro e fui me aproximando do hotel. Cada quarteirão que atravessava me dava mais frio na barriga, talvez de medo do que pudesse acontecer, do que eu iria falar assim que o encontrasse, nada que prestasse passava pela minha cabeça, nenhuma desculpa boa. Se eu fosse ele não me perdoaria, mas era a única escolha já que eu não estava com a razão pelas minhas atitudes precipitadas. Porém, assim que passei por uma praça, uma voz falou comigo, era a minha consciência, e ela me dizia:
-O que você está fazendo? Você sabe que não vai adiantar de nada. - E era a verdade. Continuei dirigindo, mas para onde o destino me levasse, queria esfriar a cabeça, estava tudo acontecendo muito rápido.































Acabei chegando a um lago que nem sabia que existia ali na cidade, parei o carro e desci do mesmo. Andei por aquele belo lugar solitariamente, senti que estava muito deprimida e eu odiava estar nesse estado, precisava fazer algo, me livrar daquela sensação ruim.
Foi quando berrei:
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHH!































E continuava gritando para tirar aquele mau estar do meu corpo. -O QUEEE EEU FAÇOOOOOOOOOOOOO? O QUE... -E fui interrompida por um outro grito que desta vez não era meu.
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHH! PORQUE ESTÁ GRITANDOOOO?
Olhei para trás rapidamente.































E pude ver um homem de cabelos louros olhando para mim.

-Algum problema? -Disse ele.
-Q-Quem é você? -Já pensava em tudo, inclusive em outro tarado. -É, desculpe, não sabia que poderia haver alguém aqui, já vou me retirar. -Andei em direção a ele com intenção de sair do local.
-Relaxa. -Disse o homem. -Me chamo Henry, sou fotógrafo, estava avaliando o local para uma próxima sessão de fotos.
-Fotógrafo? -E se fosse alguém querendo apenas fofocas para mais uma publicação em uma revista, já que meu nome já haveria sido publicado.
-Então, está precisando de ajuda? Percebi que você estava meio...abalada.
-Ah, não, é, isso, é...-Suspirei.-É que estou meio encrencada, mas não é nada de mais, haha. -Tentei desconversar.
-Ei, espera, você não é...
-É, vai em frente, sou a garota do escând- Fui enterrompida.
-A decoradora? É...Na...Nana?
-Ah, é, isso mesmo. -Fiquei aliviada e um tanto contente por ter se lembrado de mim e do meu trabalho, e não do ato desagradável.
-Então, Nana, quer dar uma volta? -Abriu um lindo sorriso e passou a mão por detrás da nuca.































Acabei aceitando o convite, passeamos pela volta do lago todo conversando sobre decoração, já estava até escurecendo. Henry me fazia bem, conseguia me fazer rir e me causava sentimentos puros e saudáveis. Chegamos a uma sombra de árvore e nos sentamos bem ali.
-Então, fotógrafo?
-É, como posso dizer, eu acabei me apaixonando por esta profissão.
-Como?
-Bom...Eu...-Deu uma longa pausa, parecia meio embaraçado e não querendo falar.
-Ah, desculpa, eu não queria me meter.
-Não, é...Você me contou vários truques de decoração, agora te devo uma história também. -Olhou para longe, deu uma suspirada e começou.-Pra ser exato, me apaixonei pela profissão por que estava apaixonado por alguém.
Meu coração apertou no mesmo segundo.































-Ela estava no início da carreira de modelo e eu não sabia que caminho trilhar, comecei a experimentar diversas coisas, queria fazer algo que gostasse de verdade, até que arrumei um trabalho em um estúdio de fotografia profissional, mas era apenas ajudante do fotógrafo, cheguei a decorar diversos cenários e conheci várias modelos e em nenhum momento me via como fotógrafo, não tinha grandes ambições.































Mas ao conhecê-la, aquela garota cheia de vontades e sonhos, eu mudei, queria estar sempre com ela. Foi aí que comecei a fotografar, estávamos sempre juntos, fiz ela crescer no seu ramo.































-E o que aconteceu?
-Bom, ela...Ficou noiva de outro cara, e por ironia do destino eles não se casaram, e quando eu achei que fosse minha chance, ela se mudou para outra cidade. Mas isso já tem 6 anos, eu estava com vinte e dois na época. E aí acabei encontrando o meu rumo.































-Uaaauuu! Pelo menos é uma história muito bonita. -Falei brincando.
-Pois é. -riu. -Desculpe, preciso voltar para o estúdio agora. -Sorriu.-Mas gostei muito de ter passado esta tarde com você, vamos trocar nossos números, e eu quero que algum dia você venha assistir a um ensaio fotográfico.
Nos levantamos.
-Uaahh, que legal, por favor me chame algum dia para assistir.































Trocamos nossos números de celular e nos despedimos, Henry me fez entrar em meu carro e sair primeiro, com medo que eu fosse ficar ali berrando mais um pouco. 
Saí do local e acabei parando em frente ao hotel Tropicale, decidida que ia me desculpar, já que estava um tanto mais calma.
Entretanto, quando saí do carro e estava indo em direção da porta pude ver diversas pessoas com câmeras nas mãos, microfones, um tumulto que só. E então uma mulher olhou bem para meu rosto e disse:

-É ela, é ela! 































E então, todos se viraram para mim e correram a minha volta, colocavam os microfones em meu rosto e eu tentava escapar, mas, cada tentativa era em vão.
-Você e Chace Louis estão em um relacionamento?
-O que? N-não...
-O ato de ontem foi um rompimento?
-Isso foi uma estratégia para conseguirem chamar mais atenção ao hotel?
-Como você se sente sendo uma sortuda em ter Chace Louis como parceiro?
-Como começou? Onde? Quando?































-Chefe! -Disse Ian. -Aquela mulher, está na entrada do hotel e todos os repórteres estão em cima dela fazendo perguntas sobre vocês dois.
-O que? Como ela? Aish, que droga. -Chace levantou de sua poltrona e saiu correndo.































-Escutem, é tudo um mal entendido! -Disse aos repórteres que me prendiam enquanto eu fazia força para escapar. -Por favor me deixem sair!
Não aguentava mais, maldita hora em que fui escolher me meter nesse bando de pessoas, estava perdendo a paciência, sabia ainda que seria pior ter um ataque epilético bem ali no meio de todos, quando uma mão me puxou e acabei saindo do meio de todos de uma só vez.































Ele me arrastou para dentro do hotel enquanto eu dizia para não apertar meu pulso por que doía, me colocou no elevador e só então quando fui prensada na parede pude vê-lo. Com os olhos explodindo de tanta fúria que me queimava por dentro. Chace se aproximava e meu coração disparava.






























24 janeiro 2013

1º Capítulo Do You Love Me - Meu inimigo

Estava indo fazer uma entrevista com meus clientes, sou uma florista, mas trabalho com decorações de casamento, além de possuir uma loja de artigos para jardim que minha mãe deixou para mim. Moro em uma cidade turística, ela é destaque por conta do mar que encobre quase a cidade toda, existem poucos moradores, mas muitos turistas. A maioria destes ou são empresários por conta dos hotéis luxuosos e shoppings enormes, ou são noivos querendo se casar, por isso, aqui ficou conhecido como "Cidade do Casamento".
-Ué, a Lola ligando para mim? -Olhei para meu celular que tocava, era Lola me chamando, porém, estava no meio de uma entrevista com meus clientes, não poderia atendê-lo, era contra minhas regras. -Desculpem-me. -Rejeitei  a ligação e continuei a conversa com ambos e logo dois minutos mais tarde o celular voltou a tocar.
-Perdoem-me, podem me dar uma licença?
-Ah, claro. -Disse Carmen.
Levantei-me e fui até um canto perto de uma janela, olhei na tela, era Lola novamente, desta vez mandando uma mensagem, que dizia: "Estou indo para a inauguração do Hotel Tropicale, termine rápido aí e venha também, vai ser divertido <3". 
-Essa menina não tem jeito. -Pensei desligando o celular.































Voltei para a sala e continuei a tratar dos negócios. Estava exausta, havia passado o dia todo na floricultura organizando as novas encomendas, estava até um pouco irritada com diversas coisas banais que aconteciam durante o dia, não via a hora de terminar tudo e ir para casa descansar.
-Bom, então espero que vocês se sintam contentes com a decoração que planejo. -Sorri.
-Ah, estou ansiosa, as pessoas dizem muito bem de você, não vejo a hora de me casar!
-Que bom, estou contente por ouvir tais comentários, obrigada. -Me levantei, fiz uma pequena reverência ao casal, na qual eles retribuíram a mim e fui levada até a porta saindo da casa. 

Cheguei em casa, tomei um banho bem demorado, para tirar toda aquela irritação que ficava em meu corpo, mesmo assim estava me sentindo com uma pedra nas costas, troquei de roupa, subi as escadas e deitei em minha cama sem pensar em nada, apenas em dormir, mas logo um celular de Lola que estava em cima de sua cama começou a tocar, atendi e voltei a deitar em minha cama.
-Alô.-Com voz de sono.
-Nana! Ainda bem! Onde você estava que não atendia o celular? To te ligando a horas!
-Trabalhando, Lola...
-Então vem rápido aqui no Hotel, que tem um louco me perseguindo, eu to com medo, vem!
-O que? Um homem louco? -Sentei na cama.
-É, já faz umas duas horas que eu to trancada no banheiro e ele disse que assim que eu sair vai me agarrar, eu to com medooo! Nana, veem! -Estava quase chorando, era sempre assim, Lola só ia em lugares chiques por que dizia que queria um marido rico, se enfeitava toda e quando alguém se interessava por ela, só queria mesmo se aproveitar, e eu sempre tinha que ter um pulso forte para espantá-los.



Eu, claro que não deixaria minha amiga passar por tudo aquilo sozinha, eu deveria ajudá-la, pois foi ela quem mais me ajudou nessa vida e que me acolheu quando eu não tinha mais ninguém. Corri para a cômoda, peguei uma calça jeans e coloquei uma jaqueta por cima da blusa de pijama mesmo, estava ventando muito.
Liguei a moto e percorri as ruas iluminadas pelas estrelas brilhantes no céu até chegar ao Hotel Tropicale. A frente era maravilhosa, um hotel de luxo! Corri até a porta da frente quase sem ar, e perguntei a uma moça com um vestido longo que deveria ser mais uma das riquinhas que frequentavam o local onde era o banheiro.
-Ora, tem muitos banheiros aqui, o mais próximo é ali. -Apontando para um lugar atrás de uma escada. 
-Ah, obrigada. -Fiz uma rápida reverência como agradecimento e corri até a porta do mesmo.
Chegando na porta não encontrei nenhum homem, nem sabia se Lola estava ali, mas estava ficando nervosa, precisava encontra-lá. Coloquei a mão na maçaneta e não abriu.

-Bingo! Lola! Lola! -Dei pequenas batidinhas na porta e tentando gritar ainda que bem baixinho para ninguém ouvir.
Assim que conseguiu me ouvir, Lola abriu a porta e saiu já me abraçando.
-Nana, que horrível, quero ir embora, que homem asqueroso, nojento! -Parecia ter visto um fantasma, soluçava em seu choro de alívio, já que eu estava ali.
-Calma, vai passar, esses homens cretinos, agora me conta o que ele fez?
-Ele tentou me agarrar, tentou me levar em algum lugar escondido e puxou minha saia para cima a força, eu não pude fazer muita coisa, quando percebi, dei-lhe um tapa no rosto e saí correndo para o primeiro lugar que encontrei, mas ele me viu entrando e disse que ia esperar até que eu cansasse e saísse do banheiro, fiquei desesperada, só então lembrei de pegar o celular e te ligar, mas você não atendia. 
-Que babaca. Mas agora eu to aqui, só quero que você me mostre quem é esse Zé.



-Boa noite a todos vocês! Sejam muito bem vindos ao Hotel Tropicale! Como todos já sabem, sou Chace Louis, e esta ao meu lado é Gina Monroe, quem fez esta magnifica decoração em nosso hotel, no qual está esplendido. Gostaria de agradecê-la por este tempo em que trabalhamos juntos. Aproveitem a festa de inauguração do salão de exposição e do palco principal, fiquem a vontade para se servir. Obrigado. -Disse Chace.
-Ah, Chace, obrigada. -Disse Gina sorrindo.-Estou muito contente que tenha gostado do meu trabalho.
-Gina, você sabe que é a melhor decoradora que já conheci, eu é que fiquei contente quando aceitou trabalhar comigo.
Ela ficou corada e agradeceu.


-Me mostre quem é esse cara Lola.
-Nana, não faça escândalo, por favoooor.
-Só me diga quem é.-Lola olhou bem pelo salão e disse:
-Aquele que está na frente do piano- E virou de costas.
-Hunf, ok. -Saí bufando para o lado dele. -Ei você!



Ele olhou meio de lado e estranhando perguntou meio cochichado:
-Os seguranças deixaram mendigos entrarem despercebidos aqui?
-Ahaha, é o que? Do que você me chamou? Seu cretino, já chega abusar da Lola, agora parte pra cima de qualquer uma agindo grosseiramente assim?
Berrei no meio do salão, o que fez a atenção de todos se virar para nós, e por incrível que pareça, o cara ficou ali parado me olhando com uma cara de indiferente, que me deixou mais furiosa ainda.
-Quem é Lola? -Perguntou num tom de piada e levantou uma das sobrancelhas.-Olha, acho que está havendo um mal entendido aqui.

-Ah é, né? Você quer que eu diga a todos os presentes nesta festa o que você fez? Todos iguais, são todos iguais, só por que são de famílias riquinhas acham que podem ter tudo e todos na palma de suas mãos a hora em que quiserem.
-Pare. -Interrompeu-me
-Não vou parar! 
-PARE! -Gritou firmemente assustando-me.-Alerte a segurança, tem uma louca aqui. -Disse Chace colocando uma mão no ouvido.
Começou a chegar fotógrafos e repórteres disparado, um atrás do outro, eu, com medo da repercussão que aquilo poderia resultar decidi terminar com tudo.
-Eu não quero que ninguém me tire a força daqui, eu vou sair por vontade própria, não quero ficar nem mais um segundo olhando para sua cara. Chega a me dar nojo. -Virei, segurei a mão de Lola que saiu olhando para o homem e parecia pedir desculpas, mas não me importei com aquilo naquele momento.

Novamente estava em casa e desta vez estava decidida descansar, deitei em minha cama com a roupa do corpo mesmo, ainda passou pela minha cabeça que fui muito rude e bem escandalosa no hotel, mas aquele cara merecia uma lição e passar um pouco de vergonha, balancei a cabeça, logo esqueci aqueles pensamentos e adormeci.

Logo que o dia seguinte chegou, acordei e sentei na cama pensando um pouco no que teria de fazer, era sábado, não teria que trabalhar na loja e nem fazer decorações ou entrevistas, troquei de roupa e da janela pude ver um homem parado em frente de casa, desci as escadas, abri a porta da frente e nisto o homem que estava vindo de encontro comigo, parou e disse:
-Você é Nana Maundrell?



-Sim, sou eu. -Estranhei aquele cara de terno em minha casa.
-Sou oficial de justiça e tenho em minhas mãos uma intimação contra a senhora, gostaria que assinasse aqui que você recebeu em mãos a carta.
Fiquei perplexa, uma INTIMAÇÃO, contra a minha pessoa, apenas assinei os papéis automaticamente, pois não sabia o que fazer.
Seu nome, era Chace Louis, e eu jurei que era meu inimigo mortal.