24 janeiro 2013

1º Capítulo Do You Love Me - Meu inimigo

Estava indo fazer uma entrevista com meus clientes, sou uma florista, mas trabalho com decorações de casamento, além de possuir uma loja de artigos para jardim que minha mãe deixou para mim. Moro em uma cidade turística, ela é destaque por conta do mar que encobre quase a cidade toda, existem poucos moradores, mas muitos turistas. A maioria destes ou são empresários por conta dos hotéis luxuosos e shoppings enormes, ou são noivos querendo se casar, por isso, aqui ficou conhecido como "Cidade do Casamento".
-Ué, a Lola ligando para mim? -Olhei para meu celular que tocava, era Lola me chamando, porém, estava no meio de uma entrevista com meus clientes, não poderia atendê-lo, era contra minhas regras. -Desculpem-me. -Rejeitei  a ligação e continuei a conversa com ambos e logo dois minutos mais tarde o celular voltou a tocar.
-Perdoem-me, podem me dar uma licença?
-Ah, claro. -Disse Carmen.
Levantei-me e fui até um canto perto de uma janela, olhei na tela, era Lola novamente, desta vez mandando uma mensagem, que dizia: "Estou indo para a inauguração do Hotel Tropicale, termine rápido aí e venha também, vai ser divertido <3". 
-Essa menina não tem jeito. -Pensei desligando o celular.































Voltei para a sala e continuei a tratar dos negócios. Estava exausta, havia passado o dia todo na floricultura organizando as novas encomendas, estava até um pouco irritada com diversas coisas banais que aconteciam durante o dia, não via a hora de terminar tudo e ir para casa descansar.
-Bom, então espero que vocês se sintam contentes com a decoração que planejo. -Sorri.
-Ah, estou ansiosa, as pessoas dizem muito bem de você, não vejo a hora de me casar!
-Que bom, estou contente por ouvir tais comentários, obrigada. -Me levantei, fiz uma pequena reverência ao casal, na qual eles retribuíram a mim e fui levada até a porta saindo da casa. 

Cheguei em casa, tomei um banho bem demorado, para tirar toda aquela irritação que ficava em meu corpo, mesmo assim estava me sentindo com uma pedra nas costas, troquei de roupa, subi as escadas e deitei em minha cama sem pensar em nada, apenas em dormir, mas logo um celular de Lola que estava em cima de sua cama começou a tocar, atendi e voltei a deitar em minha cama.
-Alô.-Com voz de sono.
-Nana! Ainda bem! Onde você estava que não atendia o celular? To te ligando a horas!
-Trabalhando, Lola...
-Então vem rápido aqui no Hotel, que tem um louco me perseguindo, eu to com medo, vem!
-O que? Um homem louco? -Sentei na cama.
-É, já faz umas duas horas que eu to trancada no banheiro e ele disse que assim que eu sair vai me agarrar, eu to com medooo! Nana, veem! -Estava quase chorando, era sempre assim, Lola só ia em lugares chiques por que dizia que queria um marido rico, se enfeitava toda e quando alguém se interessava por ela, só queria mesmo se aproveitar, e eu sempre tinha que ter um pulso forte para espantá-los.



Eu, claro que não deixaria minha amiga passar por tudo aquilo sozinha, eu deveria ajudá-la, pois foi ela quem mais me ajudou nessa vida e que me acolheu quando eu não tinha mais ninguém. Corri para a cômoda, peguei uma calça jeans e coloquei uma jaqueta por cima da blusa de pijama mesmo, estava ventando muito.
Liguei a moto e percorri as ruas iluminadas pelas estrelas brilhantes no céu até chegar ao Hotel Tropicale. A frente era maravilhosa, um hotel de luxo! Corri até a porta da frente quase sem ar, e perguntei a uma moça com um vestido longo que deveria ser mais uma das riquinhas que frequentavam o local onde era o banheiro.
-Ora, tem muitos banheiros aqui, o mais próximo é ali. -Apontando para um lugar atrás de uma escada. 
-Ah, obrigada. -Fiz uma rápida reverência como agradecimento e corri até a porta do mesmo.
Chegando na porta não encontrei nenhum homem, nem sabia se Lola estava ali, mas estava ficando nervosa, precisava encontra-lá. Coloquei a mão na maçaneta e não abriu.

-Bingo! Lola! Lola! -Dei pequenas batidinhas na porta e tentando gritar ainda que bem baixinho para ninguém ouvir.
Assim que conseguiu me ouvir, Lola abriu a porta e saiu já me abraçando.
-Nana, que horrível, quero ir embora, que homem asqueroso, nojento! -Parecia ter visto um fantasma, soluçava em seu choro de alívio, já que eu estava ali.
-Calma, vai passar, esses homens cretinos, agora me conta o que ele fez?
-Ele tentou me agarrar, tentou me levar em algum lugar escondido e puxou minha saia para cima a força, eu não pude fazer muita coisa, quando percebi, dei-lhe um tapa no rosto e saí correndo para o primeiro lugar que encontrei, mas ele me viu entrando e disse que ia esperar até que eu cansasse e saísse do banheiro, fiquei desesperada, só então lembrei de pegar o celular e te ligar, mas você não atendia. 
-Que babaca. Mas agora eu to aqui, só quero que você me mostre quem é esse Zé.



-Boa noite a todos vocês! Sejam muito bem vindos ao Hotel Tropicale! Como todos já sabem, sou Chace Louis, e esta ao meu lado é Gina Monroe, quem fez esta magnifica decoração em nosso hotel, no qual está esplendido. Gostaria de agradecê-la por este tempo em que trabalhamos juntos. Aproveitem a festa de inauguração do salão de exposição e do palco principal, fiquem a vontade para se servir. Obrigado. -Disse Chace.
-Ah, Chace, obrigada. -Disse Gina sorrindo.-Estou muito contente que tenha gostado do meu trabalho.
-Gina, você sabe que é a melhor decoradora que já conheci, eu é que fiquei contente quando aceitou trabalhar comigo.
Ela ficou corada e agradeceu.


-Me mostre quem é esse cara Lola.
-Nana, não faça escândalo, por favoooor.
-Só me diga quem é.-Lola olhou bem pelo salão e disse:
-Aquele que está na frente do piano- E virou de costas.
-Hunf, ok. -Saí bufando para o lado dele. -Ei você!



Ele olhou meio de lado e estranhando perguntou meio cochichado:
-Os seguranças deixaram mendigos entrarem despercebidos aqui?
-Ahaha, é o que? Do que você me chamou? Seu cretino, já chega abusar da Lola, agora parte pra cima de qualquer uma agindo grosseiramente assim?
Berrei no meio do salão, o que fez a atenção de todos se virar para nós, e por incrível que pareça, o cara ficou ali parado me olhando com uma cara de indiferente, que me deixou mais furiosa ainda.
-Quem é Lola? -Perguntou num tom de piada e levantou uma das sobrancelhas.-Olha, acho que está havendo um mal entendido aqui.

-Ah é, né? Você quer que eu diga a todos os presentes nesta festa o que você fez? Todos iguais, são todos iguais, só por que são de famílias riquinhas acham que podem ter tudo e todos na palma de suas mãos a hora em que quiserem.
-Pare. -Interrompeu-me
-Não vou parar! 
-PARE! -Gritou firmemente assustando-me.-Alerte a segurança, tem uma louca aqui. -Disse Chace colocando uma mão no ouvido.
Começou a chegar fotógrafos e repórteres disparado, um atrás do outro, eu, com medo da repercussão que aquilo poderia resultar decidi terminar com tudo.
-Eu não quero que ninguém me tire a força daqui, eu vou sair por vontade própria, não quero ficar nem mais um segundo olhando para sua cara. Chega a me dar nojo. -Virei, segurei a mão de Lola que saiu olhando para o homem e parecia pedir desculpas, mas não me importei com aquilo naquele momento.

Novamente estava em casa e desta vez estava decidida descansar, deitei em minha cama com a roupa do corpo mesmo, ainda passou pela minha cabeça que fui muito rude e bem escandalosa no hotel, mas aquele cara merecia uma lição e passar um pouco de vergonha, balancei a cabeça, logo esqueci aqueles pensamentos e adormeci.

Logo que o dia seguinte chegou, acordei e sentei na cama pensando um pouco no que teria de fazer, era sábado, não teria que trabalhar na loja e nem fazer decorações ou entrevistas, troquei de roupa e da janela pude ver um homem parado em frente de casa, desci as escadas, abri a porta da frente e nisto o homem que estava vindo de encontro comigo, parou e disse:
-Você é Nana Maundrell?



-Sim, sou eu. -Estranhei aquele cara de terno em minha casa.
-Sou oficial de justiça e tenho em minhas mãos uma intimação contra a senhora, gostaria que assinasse aqui que você recebeu em mãos a carta.
Fiquei perplexa, uma INTIMAÇÃO, contra a minha pessoa, apenas assinei os papéis automaticamente, pois não sabia o que fazer.
Seu nome, era Chace Louis, e eu jurei que era meu inimigo mortal.








5 comentários:

  1. Ahhh pq isso me cheira a novo romance???
    Adorei o capítulo e a forma como você escreve!

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    1. Sacomé né, adoro romances que começam com briguinhas. JKAHDJAD
      E obrigada Cássia, fico feliz que tenha gostado. *w*

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  2. voce faz video tambem ? ou é so historia mesmo ?

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    1. Por enquanto estou apenas fazendo a história, tinha projetos de fazer vídeos, mas quem sabe pra uma próxima né?

      Beijos. =3

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  3. É the sims ? se não qual é o nome do jogo ? :3

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