11 julho 2013

10º Capítulo - Do You Love Me? - Mentiras

Suspirei fundo e quando fui andar em direção a porta me deparei com aquela mulher que estava junto dele antes.
-Você? -Disse ela olhando para mim e logo olhou para Chace. -Vocês dois?




... 

-Eu já estou de saída. -Disse apontando para a porta enquanto me retirava, porém, assim que dei as costas para ela, algo me puxou novamente pela touca e me fez virar rapidamente ficando frente a frente com ela.
-Ai, o que? Vocês adoram fazer isso? 
-Isso o que? -A mulher esbravejou para cima de mim.
-Você! Realmente você só tem classe por fora, por dentro tem uma carcaça podre que fede quando saem palavras de sua boca! -Nem tentei me segurar, aquela mulherzinha estava me irritando e não era de agora, soltei as primeiras falas que vieram a boca.














-O queeeeeee? -Berrou e se segurou respirando fundo e fechando os olhos, e logo que os abriu eu continuei olhando ela feio, mas esta parecia ter se controlado, olhou para mim, franziu as sobrancelhas e cerrou os olhos. -Eu já te vi em algum lugar? 
-O que? -Perguntei estranhando, mas que raios de pergunta era aquela? E neste momento?
-Você, eu já te vi em algum lugar, devo ter feito algo ruim para você me tratar desse jeito. Já te conheço?
-O que? Não, você que começou tudo isso, eu não te fiz nada.




-Ah, já sei...Você é alguma famosinha não é? Já apareceu em alguma revista!
Olhei de relance para Chace que estava quieto até o momento só nos olhando discutir e lembrei do escândalo no hotel onde minha foto foi publicada em algumas revistas,  logo ele arregalou os olhos como se pensasse o mesmo e chegou mais perto de mim.


-Ela é minha psicóloga, você deve ter reconhecido ela. -Disse Chace e eu o olhei franzindo o cenho e estranhando a situação. Eu? Psicóloga?
-Mas eu não vi sua psicóloga. E você tem psicóloga?




-Tenho...É...Tinha...-Riu desajeitado. -E ela...Ela...Nana Também trabalha no restaurante que almoçamos hoje! É isso! -Sorriu para Raquelly.
-Trabalho? -Falei meio baixo e nisto recebi um chute no tornozelo, olhei para Chace, que olhava-me de um modo estranho, forçando o rosto, como se quisesse que eu concordasse.
-Ai! Mas o que? Aish...-Me irritei, mas me controlei com vontade de dar o troco. -É eu fui sua psicóloga, e como meu último trabalho com ele eu propus que ele trabalhasse por uma semana comigo no restaurante. -Sorri olhando para Chace.
-O que? -Disse Chace franzindo a sobrancelha e enfim eu pude dar um belo chute em seu tornozelo, fazendo-o se torcer de ódio e dor.


-Trabalhar no restaurante? -Indagou Raquelly. 
-Não...Eu...-Chace ia inventar alguma desculpa, mas foi aí que eu interrompi.
-Sim, é um tipo de trabalho voluntário para ele ganhar a confiança dos moradores da cidade e causar uma boa impressão com o hotel. 
Nem eu acreditava que estava mentindo tanto, realmente eu tinha jeito para a coisa e estava valendo a pena ver como ele estava tão surpreso.-Bom, neste caso, acho que não temos motivos para não nos gostarmos Nana, sou Raquelly, a noiva de Chace.




Ouvi as palavras da garota e senti um grande frio na barriga, olhei para Chace e logo voltei na Raquelly, não estava mais raciocinando corretamente.
-Ah...Noivos? Vocês dois? -Uma parte de mim teve uma grande vontade de sair correndo dali, mas não conseguia e a outra não entendia o porquê daquele sentimento.


-Chace, estarei te esperando em sua sala, preciso falar com você. Foi um prazer conhecê-la. 
Nisto ela entrou no apartamento dele deixando-o sozinho comigo, olhei para ele e dei as costas, no entanto, ele segurou meu braço e me virou de frente para o mesmo.-Ah! -Gritei pelo susto.


-Você realmente é alguma coisa, trabalhar no restaurante? Tsc. -Riu, olhou para os lados e se aproximou do meu rosto. -Acredita mesmo que eu vou fazer isso?
-Ah é, por que está jogando toda a culpa em mim? Você foi quem começou as mentiras, ou não se lembra? Ai, Nana é minha psicóloga, Nana trabalha no restaurante que nós, os pombinhos noivos fomos almoçar. Aaaiish. E ela é sua noiva ainda por cima? Como você tem coragem de mentir assim para a "doce" Raquelly?
-Eu só fiz isso para não ter que contar para ela que você é a louca do escândalo, ou queria que ela descobrisse e ficasse em cima de você? Ou até mesmo desse uma de louca e espalhasse que a mesma pessoa está hospedada no mesmo hotel que eu, não acha muita coincidência? Diga a verdade, você está me perseguindo não é? Você é uma raposa esperta, te subestimei.

-Te perseguindo? -Ri. -Pelo jeito você queria que eu estivesse te seguindo mesmo. Então é melhor você cumprir com as minhas mentiras que eu cumprirei com as suas, ou então eu mesma vou dizer a ela quem eu sou.
-Ok, então vamos fazer assim, e esteja aqui na minha porta amanhã cedo.
-O que? Pra que?
-Oras, pra que? Não disse para cumprirmos com as mentiras? Vamos trabalhar!
Olhava para Chace com aquela expressão emburrada, mas o mesmo retribuía meu olhar, quando percebi que ele ia soltar meu braço, empurrei o mesmo com tudo para baixo e dei-lhe as costas novamente.


Dei três passos e parei, ficando de costas para ele por alguns segundos, me virei para Chace e disse:
-Por mais cedo, na praça...Obrigada...




Olhei para ele e pude ver que estava com uma expressão assustada, talvez surpreso, virei e caminhei rapidamente até o elevador.




Enquanto isso...

Arnold estava em seu quarto sentado em uma pequena mesa tomando seu chá quando Susan entrou e fechou a porta fazendo-o olhar para ela, ele sorriu e ela se aproximou abraçando-o pelas costas.

-Aconteceu alguma coisa? -Perguntou Arnold.
-Não. -Respondeu Susan depois de um breve suspiro.




-Você viu quem está aí? 
-Não, quem? -Disse Susan já soltando Arnold e sentando na cama tirando os sapatos.
-Minha mãe, disse que vai ficar por algum tempo aqui enquanto a reforma de sua casa não fica pronta. Poderíamos visitá-la mais vezes, uma pessoa nessa idade não merece ficar sozinha. -Arnold sorriu olhando para baixo.
-É. -Susan fingiu um sorriso e logo o desfez.




-Ah, ela falou que quando você voltasse ela iria querer vê-la, por que você não vai falar com ela? Vocês acabaram se dando bem, eu fico feliz.
-Sim, tenho muitos assuntos para colocar em dia com ela. -Suspirou. -Mas e o Chace? Falou com ele?

-Ele me ligou. -Olhou para ela que estava tirando o outro sapato e logo voltou a olhar para seu chá. -Susan. -Chamou-a e esta o olhou. 
-Ele ligou perguntando sobre...O incêndio da vila.




-O que? Ah, eu sabia que isto iria acontecer, por isso disse para Raquelly passar o maior tempo possível com ele, para não se distrair com as coisas banais da cidade.

-Banais? Susan, foi onde a mãe de Chace morreu! -Arnold se levantou. -Ele sempre vai procurar pelo seu passado, pois é quem ele é, ainda restam pequenas memórias e eu não posso deixar que ele se machuque novamente, algum dia, mais cedo ou mais tarde, eu terei que contar.




Susan não conseguia olhá-lo, escondia algo e nem mesmo tinha coragem de olhar em seus olhos.
-Tudo bem, faça assim. 
Susan saiu do quarto deixando Arnold abalado lembrando-se daquela mulher, a que morreu a alguns anos por ironia do destino, pela sua própria ignorância e infantilidade, Arnold nunca se perdoaria por ter prometido a ela mundos e riquezas e ter causado apenas sua morte, ele se culpava a cada dia mais se lembrando daquele pobre e lamentável rosto sorrindo para ele.




Enquanto isso...

Henry e o pessoal verificavam as fotos pelo computador.

-É, essa ficou ótima. -Disse Dylan.
-Belo ângulo. -Ressaltou Nicholas. 




-Ok, pessoal, é isso aí, por hoje terminamos e pelo visto tivemos um dia muito produtivo, durmam cedo e descansem para amanhã. -Disse Henry enquanto arrumava algumas coisas.
-Henry! -A modelo o chamou fazendo-o olhá-la. -A sessão foi ótima e as fotos ficaram lindas, espero que trabalhemos juntos novamente.
-Com certeza, vamos fazer isso.




Henry sorriu para a garota, esta se despediu e ao passar perto do computador, ao olhar sua imagem, sorriu, nisto, aquela imagem veio à sua cabeça, Victória, Henry imaginara Victória em seu lugar sorrindo e olhando para o mesmo, por mais que tentasse esquecê-la, ele sabia que não seria possível, era ela quem não saía de sua cabeça, era por ela que ele se tornara tal fotógrafo, estaria vivendo por ela e para ela. 




Seus pensamentos estavam novamente confusos, como sempre. Se distanciou do pessoal, pegou seu celular e ligou para Victória automaticamente, pois seu emocional falava mais alto. 
-Henry?
Perguntou Victória do outro lado, mas não havia respostas, Henry queria apenas ouvir o som de sua voz. 
-Henry, você...




Ele franzia o cenho e tentava se controlar para não soltar nenhuma palavra.
-Henry? Henry! -Victória começou a exigir respostas e nisso ele desligou a ligação e olhou para o celular desligando-o também.



...


Ela estava em sua nova casa, sentada em um banco que ficava na varanda e olhava para o aparelho enquanto uma lágrima escorria pela sua face. 

-Seu...Bobo...
Ainda tentou ligar novamente mas este já não estava mais chamando, Victória sentia seu coração se despedaçar, mas era um sinal, Henry sentiria sua falta? Ela sabia que precisava tomar decisões rápidas para não acabar se arrependendo, assim como a seis anos.



Enquanto isso...


-Eu, psicóloga, aish! Como pode uma pessoa nos desejar tão mal assim? -Franzi o cenho e logo após bocejei.

Estava no elevador e morrendo de sono, havia dormido muito pouco e ainda tive energia para muitas coisas durante o dia todo. Pensando alto eu acabava resmungando diversas coisas e de repente me lembrei de Chace me prensando na parede, foi quando subiu um frio e me arrepiei toda.



-Aiish! Esse cara, realmente! Quem ele pensa que é? -Saí do elevador e continuei andando em direção ao quarto mas parei em frente ao quarto de Henry.
-Hm? Será que ainda não voltou? -Apertei a campainha, bati na porta, mas nada.





Procurei meu celular para ligar para ele mas não conseguia encontrá-lo, só então me lembrei que deixei ele cair no chão da casa de Chace. Droga, pensei e fui direto ao elevador, mas este estava sendo usado, corri para a escada e enquanto subia, meus olhos iam se fechando e meu passo ficava cada vez mais lento, até que sentei em um degrau e adormeci.




Enquanto isso...


-Hmm...Essa suíte é mesmo linda! -Dizia Raquelly enquanto olhava por todos os cômodos.
Chace estava de frente para a janela olhando para o estrelado céu, quando um celular começou a tocar, mas não era o seu, era um toque diferente, andou até onde o som estava e olhando para o chão viu o objeto.




 O pegou e viu que alguém acabara de mandar uma mensagem, esse alguém era Henry, que dizia: "Nana, aconteceram algumas coisas aqui, terei que ficar até mais tarde, não espere por mim, amanhã teremos um dia novo". Bingo, o celular era de Nana, que talvez deixara cair enquanto estava ali. 

-Tsc...Como ela consegue até mesmo perder o celular? -Ficou por alguns segundos olhando para o mesmo e logo estava no corredor do hotel procurando por ela.
-Como é que eu vou saber agora qual quarto ela está? -Chace só sabia que ela tinha ido em direção ao elevador, mas não sabia qual andar estava, além disso, eram diversos corredores, ainda assim, foi a caminho do elevador, mas este estava sendo usado. Não pensou duas vezes e começou a subir as escadas, ainda ligou para a recepção perguntando sobre o quarto dela.-Sim, é Nana, eu não sei o sobrenome, mas poderia me dar esta informa...



Chace, ao descer, encontrou alguém, Nana estava ali, dormindo sentada e encostada na parede. Ele desligou a ligação e se sentou ao seu lado observando-a dormir.



-Como pode dormir neste lugar? -Falou baixo e suspirou olhando para ela, deu algumas cutucadas em seu ombro esperando que acordasse.
-Ei, Nana. Nana-a. -Parou e olhou para ela, lembrou que achou seu rosto familiar, mas não sabia de onde, já tinha visto aqueles traços antes de ter conhecido ela, mas estava confuso, fechou um dos olhos e contornou no ar com a ponta do dedo o rosto dela, enquanto se achava um bobo por estar fazendo aquilo e parando logo em seguida. Pensou de que tantas maneiras poderia tirar sarro dela ali naquele momento caso ela acordasse e ficou curioso para saber que expressão ela faria, Chace simplesmente estava pensando cada vez mais incontrolavelmente naquela mulher.

























Se aproximou dela e a chamou, visto que não resultava em nada, segurou o braço da garota e a chacoalhou um pouco, fazendo com que esta ficasse meio acordada, Nana, levantou sua cabeça, mas não abria os olhos e como desencostara da parede, pendeu para o outro lado, deitando no ombro de Chace, fazendo seu coração acelerar.











Ele colocou sua mão sobre o peito e percebeu o quanto seu coração estava batendo forte, 
apenas pelo simples gesto da garota que dormia nas escadas deitar em seus ombros, não quis sair e nem pensou em afastá-la, não acreditava que estava pensando nisso, mas queria que aquele momento durasse e que Nana não despertasse tão cedo, para que ele pudesse ficar mais algum tempo ali, com ela.
























Hey, hey pessoal!
Até que fui um pouquinho mais rápida que das outras vezes. sjkbkjsf
Bom, espero que aproveitem este final de capítulo, eu estava louca para postá-lo já que não aguento mais esperar para postar as coisas, são muitos detalhes, e eu infelizmente para alguns e felizmente para outros sou muito detalhista, e tem que estar tudo perfeito e blá blá blá. i-i
Mas, de qualquer jeito eu vou me virando bem e desvendando todos estes mistérios da família Louis para vocês, pois é, muitas surpresas pela frente que eu espero que vocês gostem.
Não esqueçam de comentar, ok? Até a próxima. =3

4 comentários:

  1. Que capítulo fofo!
    Chace é um sim lindo.
    Não demora p postar o próximo capitulo, pleaase kkkk
    Tô A-M-A-N-D-O.

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    1. Também achei super fofo! JKKLAJSLDK
      Estou tentando controlar meu tempo para que eu possa agilizar as postagens e eu sinto muito por não postar com tanta frequência, mas que bom que você está gostando, fico contente. *3*

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  2. O papel de parede do quarto da Susan combinou com ela! Estou apaixonada pela estoria.

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